RPPNs do Cerrado serão retratadas em vídeos

O que leva um cidadão comum a criar uma Unidade de Conservação voluntária em suas terras? Essa e outras questões motivaram membros do ‘Projeto Reservas Privadas do Cerrado’ juntamente com equipe ‘Toca audiovisual’, a visitarem algumas RPPNs beneficiadas pelo Projeto no bioma Cerrado.

A finalidade do encontro, que aconteceu na primeira quinzena de junho, foi a produção de vídeos, onde serão contadas história de pessoas motivadas pelo desejo de deixar parte da sua propriedade gravada para perpetuidade por meio do ato da criação de uma RPPN.

O coordenador técnico do ‘Projeto Reservas Privadas do Cerrado’, Laércio Machado de Sousa, acompanhou os trabalhos e contou que o retorno dos proprietários foi muito positivo.

“Os entrevistados relataram que os consultores do projeto conseguem contribuir no processo da criação das reservas. Isso acontece porque o apoio prestado é realizado por meio de reuniões locais, onde os interessados podem tirar dúvidas, consultar sobre a situação de suas propriedades, e se decidirem em criar uma RPPN na propriedade”, pontua o coordenador.

Já o proprietário da RPPN Santuário Beija Flor, localizada no entorno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Colinas do Sul (Go), Adolfo Luiz Bezerra Kesselring, relembra que ajudou a transformar muitas áreas em ‘santuários de vida silvestre’, como eram classificados as RPPNs no passado, e que depois disso, também adquiriu uma área, com intuito de deixar a sua contribuição para sociedade, por meio de uma RPPN.

“Além de explicar para os proprietários a importância social e ambiental das RPPNs, o projeto Reservar Privadas apoia o proprietário nas questões burocráticas que muitas vezes, são desestimulam quem deseja criar uma reserva privada no pais”, explica o proprietário.

Além da RPPN Santuário Beija Flor, também foram visitadas pela equipe de filmagem e do projeto as reservas: RPPNs Terra de Maria, Pau terra e Vaga fogo, localizadas em Pirenópolis; Vale das Araras e Bacupari em Cavalcante; RPPN Murundu, localizada em Alto Paraíso de Goiás.

RPPN – As RPPNs demonstram o compromisso da iniciativa privada com a criação, implementação e gestão das unidades de conservação no Brasil. São áreas que também geram inúmeros benefícios socioeconômicos por meio de atividades compatíveis à conservação, como o turismo responsável, hospedagem e gastronomia.

Projeto Reservas Privadas no Cerrado – A iniciativa teve início em outubro de 2019, com o interesse de promover a conservação dos recursos naturais por meio do incentivo à criação, expansão e gestão eficaz das reservas particulares, com objetivo de aumentar o número de RPPNs no bioma Cerrado. O Reservas Privadas do Cerrado é executado pela Fundação Pró-Natureza (Funatura) e conta com recursos do Fundo de Parceria para ecossistemas Críticos (CEPF, na sigla em inglês para Cristal Ecosystem Partnership Fund) e apoio do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB).

Crédito Fotos: Laércio Machado de Sousa.