Pirenópolis ganha mais duas RPPNs com apoio do Projeto ‘Reservas Privadas do Cerrado’
12 de maio de 2021Na última semana, o município de Pirenópolis, Goiás, ganhou mais duas áreas destinadas à conservação da natureza: a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) PauTerra II e a RPPN Terra de Maria.
A criação das duas áreas contou com apoio do projeto ‘Reservas Privadas do Cerrado’, uma iniciativa da Funatura, com financiamento do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF, na sigla em inglês) e apoio do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB).
O coordenador técnico do projeto, Laércio Machado de Souza, destaca que apoiar áreas estratégicas para conservação da biodiversidade no Cerrado, por meio do incentivo à criação, expansão e gestão das RPPNs, está entre as principais finalidades dos trabalhos executados pelo ‘Reservas Privadas do Cerrado’.
“As duas áreas estão localizadas em região muito estratégica, às margens do Córrego Barriguda, principal manancial de abastecimento da cidade de Pirenópolis (GO). A atitude dos proprietários ajudará significativamente na formação dos mosaicos de proteção ambiental dessa região, importantes para manter os serviços essenciais à vida das pessoas e da biodiversidade”, afirma Laércio.
A RPPN PauTerra II possui 5,60 hectares, e está localizada no entorno do Parque Estadual da Serra dos Pireneus, dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) dos Pireneus.
O proprietário da reserva, Fernando Madueno, lembra que a inciativa do projeto ‘Reservas Privadas’ trouxe agilidade na desburocratização da documentação solicitada para criação da RPPN, e comemora o fato de ter sido possível dar andamento no projeto de sustentabilidade da reserva.
“A finalidade da RPPN está em promover a educação ambiental para seus visitantes, e também para quem vive próximo da reserva. Esperamos que, apesar de pequena, esta ação possa servir de estimulo para que outros proprietários também tenham interesse em destinar parte de suas terras para conservar a natureza”, informa o proprietário.
O proprietário da RPPN Terra de Maria, Harmut Alfred Oster, relata que os 10,9 ha de Cerrado, destinados para a implementação da reserva, auxiliarão na preservação da rica biodiversidade que já existente na região.
“Antes isso aqui tudo era pasto, todo derrubado, agora posso ver essa região voltar a se transformar em área de Cerrado, recuperado. Quero proteger a ‘Nossa Terra’ além da minha vida, com todas as características e qualidade ambiental, assegurando assim a preservação do território para essa e as futuras gerações”, conclui.
Sobre as RPPNs
A modalidade de reserva é prevista na lei 9.985, Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, e faz parte do Grupo das Unidades de Uso Sustentável.
Apesar de particular, seu caráter de reserva é permanente, isto é, perpétua, não pode ser desfeita. Por ser particular, pode ser vendida, mas quem a comprar deve mantê-la como reserva para sempre. Só é permitida dentro da área de uma RPPN atividades voltadas à pesquisa científica e à visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais.
Sobre o projeto Reservas Privadas do Cerrado
O Projeto Reservas Privadas no Cerrado teve início em outubro de 2019, com a finalidade de incentivar a criação de RPPNs no Bioma Cerrado.
É executado com recursos do CEPF, uma iniciativa conjunta da Agência Francesa de Desenvolvimento, Conservação Internacional, União Europeia, Fundo Global para o Meio Ambiente, Governo do Japão E Banco Mundial. É meta do projeto garantir que a sociedade civil esteja envolvida com a conservação da biodiversidade.
Foto: Digulgação/RPPN Terra de Maria