Monte Alto (SP) demonstra interesse na criação de RPPNs
26 de julho de 2021Na próxima quarta-feira (28/7), Laércio Machado de Sousa, coordenador técnico do projeto Reservas Privadas do Cerrado fará uma visita de campo ao município Monte Alto (SP), com objetivo de explanar sobre o processo de criação e gestão de RPPNs, além dos benéficos ambientais e os incentivos que o proprietário rural e o município têm na hora de criar uma RPPN.
Essa aproximação está sendo possível, por que o poder público local tem se conectado com as questões ambientais e com as ações do projeto Reservas Privadas. Sobre isso, o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Monte Alto, Fábio Nascibem, explica que a pasta tem viabilizado encontros técnicos, e até um projeto de lei para incentivar a criação de RPPN no município.
“Já tramita na câmara um projeto de lei que incentivará a criação de RPPNs no nosso município, como isso já demos os primeiros passos para que o município possa ser referência na implantação de reservas particulares, um modelo sonhado há algum tempo e que poderá viabilizar o ecoturismo, a educação ambiental e sustentabilidade financeira e preservação ambiental por meio belezas naturais existentes na nossa região”, pontua o secretário.
Florindo Fonseca que é proprietário da ‘futura’ RPPN Sítio dos Eucaliptos, com cerca de 4,8 hectares, revela que a ideia de criar uma RPPN surgiu há quase 20 anos, quando esteve na RPPN Vagafogo em Pirenópolis (GO).
“Na época, conversamos com o proprietário e ficamos encantados com o projeto dele. Daí surgiu a ideia de fazermos uma RPPN em nossa propriedade, e com o apoio do poder público local, que não tem poupado esforços, não só na criação de RPPNS em nossa cidade, mas também com muitas ações voltadas à preservação do meio ambiente”, relata o proprietário.
Os consultores do Projeto Reservas Privadas do Cerrado têm levando informação e apoio aos proprietários rurais da região, como intuito de sanar dúvidas quanto ao processo de criação de RPPN, além de custar algumas burocracias no processo de criação de uma RPPN, como é o caso do georeferenciamento.
“Provavelmente não teríamos realizado a ação se não tivéssemos esse apoio”, reforça o Rppnista Florindo Fonseca.
Atualmente a RPPN aguardamos a aprovação oficial, para dar continuidade ao trabalho que já é desenvolvido na propriedade, que são: atividades de educação ambiental e ecoturismo. Assim que a RPPN estiver oficialmente criada, o proprietário dará início a elaboração do plano de manejo da reserva.
Sobre as RPPN
A modalidade de reserva é prevista na lei 9.985, Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, e faz parte do Grupo das Unidades de Uso Sustentável.
Apesar de particular, seu caráter de reserva é permanente, isto é, perpétua, não pode ser desfeita. Por ser particular, pode ser vendida, mas quem a comprar deve mantê-la como reserva para sempre.
Só é permitida dentro da área de uma RPPN atividades voltadas à pesquisa científica e à visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais.
Sobre o projeto Reservas Privadas do Cerrado
O Projeto Reservas Privadas no Cerrado teve início em outubro de 2019, com a finalidade de incentivar a criação de RPPNs no Bioma Cerrado.
É executado com recursos do CEPF, uma iniciativa conjunta da Agência Francesa de Desenvolvimento, Conservação Internacional, União Europeia, Fundo Global para o Meio Ambiente, Governo do Japão E Banco Mundial. É meta do projeto garantir que a sociedade civil esteja envolvida com a conservação da biodiversidade.
Crédito da Foto: Florindo Fonseca